Os Jovens Repórteres para o Ambiente (JRA) investigam, questionam, entrevistam, recolhem factos, captam imagens, reportam e comunicam sobre sustentabilidade, num exercício de cidadania activa .
Este projecto é coordenado em Portugal pela Associação Bandeira Azul:
www.abae.pt

terça-feira, 12 de abril de 2011

Existem melhorias no rio Ave!?

Os alunos do curso de Gestão do Ambiente desceram o rio Ave, desde a Serra da Cabreira em Agra até Vila do Conde, com o objectivo de avaliar a qualidade da água em vários pontos previamente definidos, de forma a averiguarem o grau de poluição da água desse rio e compararem com os registos do ano anterior. Ao longo do percurso os alunos pararam em Agra, na Serra da Cabreira, na vila de Vieira do Minho, na albufeira do Ermal, em Santa Maria do Souto, nas Caldas das Taipas e em Sabariz, Vila do Conde. Escolheram estes pontos de paragem porque existe nesses locais maior densidade populacional ou então parques e zonas industriais que podem alterar a qualidade da água do rio.Na paragem na albufeira do Ermal pretenderam avaliar mudanças nas características do rio provocadas pela barragem. Durante a visita, nos locais onde pararam foram determinados parâmetros da qualidade da água como a condutividade, a temperatura do ar e da água, oxigénio dissolvido e salinidade. Foram também recolhidas amostras de indicadores biológicos, diatomácias e macro-invertebrados. As amostram de água foram recolhidas para posterior análise físico-química no laboratório da escola. Observaram e registaram ainda a fauna e a flora de cada local. Na Serra da Cabreira a água encontrava-se límpida, e observaram uma grande diversidade de espécies, no que diz respeito à fauna e à flora. A flora ribeirinha nesse local era maioritariamente arbustiva. Ao longo do percurso, ponto a ponto, a temperatura foi aumentando e a quantidade de minerais dissolvidos na água foi crescendo, revelando uma diminuição na qualidade da mesma. Na albufeira do Ermal, verificaram que existiam espécies invasoras, como é o caso das acácias mimosa, nas Caldas das Taipas verificaram que o rio se encontrava bastante mais poluído em relação às paragens a montante e que a flora também já era bastante diferente, pois a galeria ripícola era arbórea, dominada por salgueiros e amieiros, sempre frequentes ao longo do resto do percurso. No fim do percurso, em Sabariz perceberam que, tal como no ano passado, quanto mais perto da foz, maior era a poluição do rio.

Jovens Repórteres para Ambiente da EPACSB